Carlos Seidl
Carlos Alberto Seidl foi o primeiro dublador de Ramón Valdéz no Brasil, dando voz ao icônico Seu Madruga e a personagens como Super Sam, Tripa Seca e Alma Negra.
Nasceu em 17 de dezembro de 1946, em São Paulo. Aos vinte e poucos anos, ingressou no teatro, apresentando-se em diversas peças entre as capitais paulista e fluminense.
Nos anos 1970, saltou para a televisão. Entre 1977 e 1978, fez parte, ao lado de Nelson Machado, do elenco de A Ilha dos Bonecos, programa infantil da extinta TV Tupi, onde foi voz e corpo do onça Bafafá. O personagem era conhecido pelo bordão “Eu sou o famoso Bafafá, o valentão!”.
No início dos anos 1980, quando Chaves e Chapolin desembarcaram no Brasil, foi convidado por Marcelo Gastaldi a integrar o elenco de dublagem das séries. O êxito ao interpretar o pai da Chiquinha fez com que sua voz fosse, e ainda seja, uma das mais reconhecidas da televisão brasileira. Seidl, no entanto, já contou em entrevista que o fato de “ser” o Seu Madruga o incomoda um pouco: “É estranho, porque parece que eu só fiz isso na vida”.
E, de fato, Seidl é um dos dubladores brasileiros com o currículo mais extenso. Alguns trabalhos de destaque são Schroeder, em Snoopy; Dwayne, em KissyFur; Pops, em Johnny Bravo; Gori, em Spectreman; e Lionel Luthor, em Smallville.
Em 1991, ao lado de Marcelo Gastaldi, Osmiro Campos e Mário Lúcio de Freitas, participou de um episódio piloto de Feroz e Mau-Mau.
Em 2012, quando o SBT adquiriu um lote de episódios inéditos de Chaves, Seidl deixou de ser a voz de Ramón Valdez pela primeira vez. Na época, ele cobrava na justiça o pagamento referente a direitos conexos de intérprete por 28 anos, tempo em que Chaves, àquela altura, já tinha no Brasil, ao passo em que a emissora pedia que os dubladores abrissem mão desses direitos. Na ocasião, foi substituído por Marco Moreira.